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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O último passo de pés no chão


Não, não quero ouvir nada que já sacramentou o título.

Hoje quando todos esperavam um jogo fácil, numa falha, logo de Leandro Euzébio, um dos 3 melhores zagueiros do campeonato, a bola sobrou para Dinei que meteu um chute fantástico e inesperado.

A tensão que perdurou por todo o jogo foi intensa até os 14 minutos. Antes Carlinhos isolou a bola por cima do gol de Deola.

Logo na finalização seguinte um gol. Uma pancada que parecia ter a precisão e força das 11 mil pessoas que lá estavam.

A pressão então tomou conta. Ainda pior que domingo passado? Não sei. Senti muito nervoso a cada bola, e creio que todo tricolor se sentiu assim.

Fred perdeu chances... A ansiedade parece que tomou conta do time... As 31 Deco se machuca e então entra Tartá, que pra não perder o costume tomou outro cartão, e está (de novo) suspenso. É inexperiente nesse ponto, por jogar no ataque acaba fazendo faltas bobas.

Mas quem diria que ele privado de jogar a 'final' de domingo seria o grande herói da partida?

Talvez de relance tenha passado pela mente de alguém que o gol da vitória ser dele. Mas logo afastado pela burra lógica que temos de pensar apenas pelo que parece mais óbvio.

Mas o óbvio na verdade é aquilo que acontece. Só o mais sábio pode enxergar o óbvio: óbvio que o destino quis Deco de novo fora, quis que Tartá fizesse o gol, e quis que e ele tomasse mais um cartão.

Pois o óbvio viu que naquele momento só o menino Tartá tinha a calma para ajeitar a bola e coloca-la com total sutileza ao fundo da rede.

Depois disso o jogo acabou. Não literalmente pois mais de 15 minutos de jogo ainda vinham pela frente. Foi ai que o medo dominou a todos.

Medo dos tricolores de atacar, tomar um contra-ataque, e levar um gol.

Medo dos palmeirenses de atacar, fazer um gol, e ser destroçado pela torcida fanática após o jogo e durante toda a vida.

O medo acabou com o jogo... Uma espera angustiante até os acréscimos aonde a torcida cantou aquilo que se espera a 26 anos... Está chegando a hora...

Mas que fique claro. Do alto da história do Fluminense, o bom e verdadeiro tricolor, se mantém humilde de pés descalços, ou com uma simples e dura sandálias... Pois assim que caminhamos até o domingo passado... Assim caminharemos até domingo que vem, para calçar as chuteiras imortais de ouro.

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